Num sábado estava num workshop de dança contemporânea e duas desconhecidas estavam falando sobre filmes, e uma delas falou um pouco sobre Her. Me interessei e decidi assistir.
Her consegue te cativar, lhe leva junto com o personagem a realidade dele, e por momentos nos faz acreditar que aquele comportamento é totalmente aceitável.
Eu trabalho com programação e tecnologia logo eu sou bem cética quanto a acreditar num programa. Mas Her compara esse amontoado de bits as nossas sinapses nervosas, ou seja de toda forma tudo não passa de pulsos elétricos. Até onde vai o sentimento, o que é real? É aquilo que a gente sente.
Her é bem crítico em relação ao uso da tecnologia nas relações sociais. Aquela carta manuscrita com textos lindos nem sequer foram criados pelo remetente.
Algo que me preocupou também foi acerca da privacidade, aparentemente ninguém mais se preocupava tanto com esse conceito, as cartas eram lidas por várias pessoas diferentes. Ninguém se importava com o remetente, ou com o destinatário, Ninguém se importava com essa terceirização.
Obviamente um sistema ligado a rede com milhões de processadores e memória disponível com um eficiente sistema de aprendizagem evoluiria rapidamente. O mais interessante é que com a convivência com humanos aprendem também a ter os mesmos defeitos, comportamentos e questionamentos.
Sinceramente eu me senti triste, o filme mostra uma realidade, que nem é no futuro, é presente. Já vivemos numa sociedade que fica mais conectada virtualmente do que realmente, relacionamentos iniciam virtualmente e acabam virtualmente, onde está o limiar entre o real e o virtual? existe esse limiar?
Não dei tantos spoilers e não contei o final do filme -Que obviamente todo mundo morre-, se já assistiu comente sua perspectiva sobre o filme. Caso não tenha assistido,assista e comente aqui o que achou!
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